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quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Adaptação escolar... Primeiro dia na escola

Essa semana foi muito importante para mim como mãe, pois, coloquei a minha filha na escolinha.


Muitas mães já vivenciaram isso e sabem que não é nada fácil... Primeiro pela expectativa que criamos (eu pelo menos criei , fiquei super anciosa...) e segundo por tudo que envolve esse momento desde a escolha da escolinha, matrícula,compra do uniforme, material escolar...
Eu curti muito esse momento e envolvi a Laís em tudo. Mas chegada a segunda-feira... A hora "H"... O "bicho pegou"...
Eu estava preparada para a reação dela ao entrar num mundo novo... Já que o mundinho dela se resume a nossa casa e as idas a praia e ao parque... No meu caso minha filha quase não tem contato com outras crianças, já que moramos longe dos nossos familiares, e crianças da idade dela aqui na vizinhança não tem. Isso dificulta muito a socialização dela. faz ela ser muito agarrada comigo e o pai. Contato com outras crianças só quando vamos na pracinha...
A Laís em casa é sapeca e bagunceira mas na rua é tímida e demora a se entrosar.
Por isso minha expectativa de como seria a reação dela em seu primeiro dia na escolinha ou seja, fora de casa e sem mim...
Pra ser sincera achei que quando ela visse tanta criança junta ficaria feliz... Mas o que aconteceu foi ao contrario...
A ida a escolinha para ela foi empolgante! No caminho foi toda feliz, dizendo pra um e pra outro que "ia estudar!..." Uma graça!...
Chegando lá que foi o problema ela se assustou ao ver tanta criança chorando junta!...
É isso mesmo!... No meu modo de ver ela se assustou. tadinha... Os pequenos sentem muito a separação da mãe. Era um chororô só... A criançada chorava muito ao sentir que iam se deixados ali pelos seus pais.
Eu fiquei com ela para a adaptação, mas percebi que tinha só eu e outra mãe lá depois de meia hora apenas.
As mães saíram a maioria escondidas de seus filhos e os deixaram chorando lá com as tias... Coitadas das tias... Tentando amparar um monte de crianças que nem conhecem ainda... e coitadas das crianças tendo que ficar sozinhas com alguém que nunca viram..rsrsrs!
Nossa gente... essa fase de adaptação na escolinha não vai ser mole não!... Doí em mim e na Laís a separação. Eu compreendo que para ela isso vai ser ótimo, mas sei que ela não compreende isso e pode ver como uma forma de abandono.
O que eu vou tentar fazer é tornar esse momento o mais tranquilo possível, para mim e para ela...





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Os efeitos da Raquianestesia no parto da Laís (Relato do Parto- Novembro de 2008)

No dia 13 de Novembro de 2008, nasceu a minha pequena Laís. Do dia do parto ficou a lembrança da primeira vez que vi aquele rostinho.. das bochechas rosadinhas!... E o terrível pós operatório de uma cesária. Minha filha veio ao mundo com pós datismo, de 41 semanas e 2 dias, depois de uma indução de parto de 6 horas com ocitocina, sem evolução. Ao nascer teve que ser aspirada e teve uma nota (apgar) 3, nos primeiro minutos de vida. Ou seja, entrou em sofrimento fetal, por ter respirado liquido aminiótico. Mas, graças a Deus, logo veio para meus braços, um pouco sufocadinha, mas bem. Eu, logo após a cirurgia, fiquei prostrada, de tanta dor de cabeça que sentia. Parecia que aquela porcaria da tal anestesia "raqui" tinhas subido para meu cérebro!. Passei muito mal. Na mesa,enquanto o médico fazia o parto, eu debatia meus braços incontrolavelmente, além de sentir um pouco de falta de ar. E fiquei tremendo até a anestesia passar, tremia igual vara verde! Eu fiquei tão mal que não consegui amamentar a Laís no primeiro dia.Eu sei que apaguei. E só me lembro de sentir muita dor. No segundo dia de internação eu e minha bebê fomos examinadas. Parecia estar todo bem, embora eu ainda sentisse dor de cabeça, tivemos alta. Já em casa, de noite ao dormi,senti algo queimando na minhas costas e subindo até o pescoço, não dei importância e peguei no sono. Foi aí que começaram uma série de pesadelos e vertigens assombrosos. Eu via pessoas de minha família como se fossem minhocas,outra hora rodava numa corda e era atirada contra paredes num lugar estranho cheio de montanhas. Via seres bisarros que me faziam previsões sinistras (como dizer que eu não poderia ficar com minha bebê). E quando tentava acordar via como se o teto estivesse descendo sobre mim. e via insetos voando pelo quarto. Enfim... Chorava muito e confeço que fiquei com medo de ter problemas por causa do efeitos colaterais da Raqui em meu organismo. Fiquei com medo de ficar louca. Ouvia choro de bebê toda vez que ia tomar banho, e ficava apavorada. Perguntava ao meu marido se a Laís estava chorando e não havia choro algum, era todo coisa da minha mente. E aquela dor de cabeça infernal que nenhum remédio passava... Orava muito e pedia a Deus que não acontecesse nada de ruim comigo, e em 3 dias fui melhorando. Os pesadelos acabaram. E a Dor já não era tanta. Não bastasse isso também tive problemas para amamentar minha filha, eu não sabia como fazer direito, agente não se entendia e ela chorava de fome tadinha... E o meu leite empedrava a toa. E com isso vinha a febre. Foi um sufoco meus primeiros dias como mãe... Mas é um sentimento, um instinto tão forte, que nenhum desses problemas que tive me afastaram da minha filha. Eu com febre, com dor, tendo alucinações e mesmo assim o amor era tão forte que não deixava a mente ser mais forte que eu. E assim os dias foram passando e tudo foi se ajeitando. Apesar de tudo de ruim que passei, a alegria de ser mãe, de saber que aquele pedacinho de gente saiu de dentro de mim, de saber que a minha filha naquele momento olhava para mim e parecia me dizer; mamãe, nesse momento eu só preciso de seu carinho e de seu cuidado!... Isso e somente isso me importavam. Agora eu sou mãe!!!!













SOBRE A ANESTESIA USADA NO MEU PARTO: A RAQUIANESTESIA Denomina-se raquianestesia ( bloqueio subaracnóideo ) a anestesia que resulta da deposição de um anestésico local dentro do espaço subaracnoídeo. Ocorre bloqueio nervoso reversível das raízes anteriores e posteriores, dos gânglios das raízes posteriores e de partes da medula, advindo perda da atividade autônoma, sensitiva e motora. São indicadas para cirurgias de abdômen e extremidades inferiores, inclusive para cirurgias obstétricas ( parto vaginal e cesariana ). Como a medicação é depositada dentro do Líquor, é necessária apenas uma pequena quantidade de anestésico local para produzir anestesia altamente eficiente. Trata-se de uma importante vantagem da raquianestesia sobre a peridural, pois trabalha-se com um risco de intoxicação por anestésicos locais muito próximo de zero. A desvantagem mais conhecida da raquianestesia é a cefaléia pós-punção (nome técnico para a dor de cabeça que pode aparecer quando perfuramos a dura-máter). A explicação mais aceita para esta condição é relacionada com o "furinho" que fica por alguns dias na dura máter e provocaria perda de líquor do espaço subaracnoídeo, causando a dor de cabeça. Com a introdução de agulhas mais finas, descartáveis e menos traumáticas, esta técnica novamente ganhou grande impulso. Porquê a incidência de cefaléia diminuiu tanto com este novo material ??? A resposta é simples: agulhas melhores fazem "furinhos" menores nas meninges, ocasionando menor escape de líquor e menor probablidade de cefaléia. A simplicidade de realização, o excelente controle do nível de anestesia que proporciona, a excelente qualidade do bloqueio sensitivo e motor, o baixo custo e a segurança do procedimento explicam por que esta é uma das técnicas anestésicas prediletas do anestesiologista brasileiro.