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terça-feira, 5 de abril de 2011

Preconceitos sobre a amamentação (Até quando devo amamentar?)

Laís aos 2 meses ... Amamentação exclusiva
Faz algum tempo venho pensando em escrever sobre o assunto mas vinha adiando para fazer maiores observações.
Gostaria de ter certeza se era coisa da minha cabeça ou se vinha realmente sofrendo preconceito por ainda amamentar a Laís, que hoje tem 2 anos e 5 meses.
Tenho 31 anos, sou casada, não trabalho fora por opção pois queria me dedicar exclusivamente a maternidade pelo menos nos primeiros anos de vida da minha filha. 
Nunca precisei pedir nada a ninguém para o seu sustento (aliás quem deveria opinar, é quem o faz, não é mesmo?...).  Mas o fato é que desde bebezinha, ouço comentários e opiniões do tipo - "Você não vai tirar o peito não?.... Quanto mais tarde tirar pior é!..."  ou  "Nossa ela ainda mama!?"...
Sinceramente não consigo entender!
A mídia fala... O ministério da Saúde adverte sobre amamentação até os dois anos ou mais...  Tudo balela!!!
A verdade é que a sociedade discrimina a mãe que amamenta!
É como se agente fosse um bicho esquisito, que não tem mais o que fazer do que ficar  com criança agarrada no peito.
Já ouvi que " É feio criança grande mamando!..."  Mas a pior, que doeu lá no fundo,  foi na semana em que minha filha teve sinusite.  Ela não estava conseguindo se alimentar e só estava no peito (como comeria se estava com  febre alta , tosse, congestão nasal, dor de cabeça e garganta irritada). Comentei isso com a médica que falou em tom crítico e hirônico
:  -" Desse tamanho ainda no peito!?"
Confesso que fiquei pasma, chateada...  Aonde ela estava vendo uma criança grande?  Minha filha tem apenas dois anos...  E ... Estava doente...  Pior foi ouvir isso de uma "pediatra"...  O fim do mundo!...
Eu não tenho problemas nenhum em relação a amamentação.  Pelo contrário acho prático (é só tirar o peito pra fora e por na boca da criança) eu tenho bastante leite e minha filha adora!!!
Não consigo supor que uma pessoa possa achar sujo, desprezível, inconsequente, libidinoso...  Sei lá o que pensam com o fato de uma mãe dar de mamar a seu filho.
Então é tudo falso?... Toda a propaganda, todo convencimento de que uma mãe é insubstituível?  E a sociedade onde fica nessa questão de que mãe não precisa mais amamentar.Tem que trabalhar o dia inteiro, largar seu filho numa creche ou com outro alguém, dar-lhe mamadeira com essas farinhas lácteas que tem por aí. Com leite de vaca ou um bem mais caro para não dar alergia...  Senão ela é uma a toa... Ou sei lá o que!...
Onde iremos parar com tanta hipocrisia se quem era para apoiar é o primeiro a discriminar?...
Revoltante!!!


"Banir os preconceitos da amamentação e o marketing enganoso a respeito da alimentação das crianças pequenas."
(Grupo Interuniversitário de Aleitamento Materno - GIUAMA  - Projeto de Aleitamento Materno da PUCPR - PALMA)
                   P.S:  Gostaria de abrir uma discussão sobre este assunto. Por favor dê sua opinião fazendo  um comentário. 
                  

Os efeitos da Raquianestesia no parto da Laís (Relato do Parto- Novembro de 2008)

No dia 13 de Novembro de 2008, nasceu a minha pequena Laís. Do dia do parto ficou a lembrança da primeira vez que vi aquele rostinho.. das bochechas rosadinhas!... E o terrível pós operatório de uma cesária. Minha filha veio ao mundo com pós datismo, de 41 semanas e 2 dias, depois de uma indução de parto de 6 horas com ocitocina, sem evolução. Ao nascer teve que ser aspirada e teve uma nota (apgar) 3, nos primeiro minutos de vida. Ou seja, entrou em sofrimento fetal, por ter respirado liquido aminiótico. Mas, graças a Deus, logo veio para meus braços, um pouco sufocadinha, mas bem. Eu, logo após a cirurgia, fiquei prostrada, de tanta dor de cabeça que sentia. Parecia que aquela porcaria da tal anestesia "raqui" tinhas subido para meu cérebro!. Passei muito mal. Na mesa,enquanto o médico fazia o parto, eu debatia meus braços incontrolavelmente, além de sentir um pouco de falta de ar. E fiquei tremendo até a anestesia passar, tremia igual vara verde! Eu fiquei tão mal que não consegui amamentar a Laís no primeiro dia.Eu sei que apaguei. E só me lembro de sentir muita dor. No segundo dia de internação eu e minha bebê fomos examinadas. Parecia estar todo bem, embora eu ainda sentisse dor de cabeça, tivemos alta. Já em casa, de noite ao dormi,senti algo queimando na minhas costas e subindo até o pescoço, não dei importância e peguei no sono. Foi aí que começaram uma série de pesadelos e vertigens assombrosos. Eu via pessoas de minha família como se fossem minhocas,outra hora rodava numa corda e era atirada contra paredes num lugar estranho cheio de montanhas. Via seres bisarros que me faziam previsões sinistras (como dizer que eu não poderia ficar com minha bebê). E quando tentava acordar via como se o teto estivesse descendo sobre mim. e via insetos voando pelo quarto. Enfim... Chorava muito e confeço que fiquei com medo de ter problemas por causa do efeitos colaterais da Raqui em meu organismo. Fiquei com medo de ficar louca. Ouvia choro de bebê toda vez que ia tomar banho, e ficava apavorada. Perguntava ao meu marido se a Laís estava chorando e não havia choro algum, era todo coisa da minha mente. E aquela dor de cabeça infernal que nenhum remédio passava... Orava muito e pedia a Deus que não acontecesse nada de ruim comigo, e em 3 dias fui melhorando. Os pesadelos acabaram. E a Dor já não era tanta. Não bastasse isso também tive problemas para amamentar minha filha, eu não sabia como fazer direito, agente não se entendia e ela chorava de fome tadinha... E o meu leite empedrava a toa. E com isso vinha a febre. Foi um sufoco meus primeiros dias como mãe... Mas é um sentimento, um instinto tão forte, que nenhum desses problemas que tive me afastaram da minha filha. Eu com febre, com dor, tendo alucinações e mesmo assim o amor era tão forte que não deixava a mente ser mais forte que eu. E assim os dias foram passando e tudo foi se ajeitando. Apesar de tudo de ruim que passei, a alegria de ser mãe, de saber que aquele pedacinho de gente saiu de dentro de mim, de saber que a minha filha naquele momento olhava para mim e parecia me dizer; mamãe, nesse momento eu só preciso de seu carinho e de seu cuidado!... Isso e somente isso me importavam. Agora eu sou mãe!!!!













SOBRE A ANESTESIA USADA NO MEU PARTO: A RAQUIANESTESIA Denomina-se raquianestesia ( bloqueio subaracnóideo ) a anestesia que resulta da deposição de um anestésico local dentro do espaço subaracnoídeo. Ocorre bloqueio nervoso reversível das raízes anteriores e posteriores, dos gânglios das raízes posteriores e de partes da medula, advindo perda da atividade autônoma, sensitiva e motora. São indicadas para cirurgias de abdômen e extremidades inferiores, inclusive para cirurgias obstétricas ( parto vaginal e cesariana ). Como a medicação é depositada dentro do Líquor, é necessária apenas uma pequena quantidade de anestésico local para produzir anestesia altamente eficiente. Trata-se de uma importante vantagem da raquianestesia sobre a peridural, pois trabalha-se com um risco de intoxicação por anestésicos locais muito próximo de zero. A desvantagem mais conhecida da raquianestesia é a cefaléia pós-punção (nome técnico para a dor de cabeça que pode aparecer quando perfuramos a dura-máter). A explicação mais aceita para esta condição é relacionada com o "furinho" que fica por alguns dias na dura máter e provocaria perda de líquor do espaço subaracnoídeo, causando a dor de cabeça. Com a introdução de agulhas mais finas, descartáveis e menos traumáticas, esta técnica novamente ganhou grande impulso. Porquê a incidência de cefaléia diminuiu tanto com este novo material ??? A resposta é simples: agulhas melhores fazem "furinhos" menores nas meninges, ocasionando menor escape de líquor e menor probablidade de cefaléia. A simplicidade de realização, o excelente controle do nível de anestesia que proporciona, a excelente qualidade do bloqueio sensitivo e motor, o baixo custo e a segurança do procedimento explicam por que esta é uma das técnicas anestésicas prediletas do anestesiologista brasileiro.