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sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Fracasso como mãe? - Minha filha pode estar com Depressão infantil

Saudades desse Blog!!  Vários dias sem postar nada por falta de tempo, e por que o pc tá uma porcaria...
Durante esses dias muitas coisas aconteceram. 
A Júlia fez sua primeira viagem para Teresópolis (cidade onde nasci e mora a minha família).  Fomos no domingo dia dos Pais e retornamos na terça de manhã.  Foi super tranquilo a Jú se comportou bem e só ficava enjoada a tarde pois ela gosta de dormir cedo e na casa dos outros é difícil manter a nossa rotina. São aproximadamente  3 hs de viagem de carro (contando as paradas) e ela dormiu quase o tempo todo. Na ida e na volta.
Ela já estava começando com um resfriado e depois que voltamos ficou bastante constipada e não havia sorinho no nariz que dese jeito.Fiquei um bocado de noites sem dormir direito por causa disso. Por conta própria, baseado na minha experiência com a rinite alérgica da Laís , dei um remédio para ajudar a desobstruir o narizinho dela (Decongex) pois a menina mal conseguia mamar e não me deixava usar nela o aspirador nazal de jeito nenhum (aliás achei esse treco uma porcaria).
Foi difícil mas ela agora esta melhor.
Outro sufoco que passei esses dias foi com a Laís.
Minha filha está insuportavelmente chata.  Teimosa,desobediente, mal criada,respondona,birrenta... enfim... Surtou minha maiorzinha...  Ela era tão doce e querida... Surtou...
Conversei com a psicologa da escola dela que por sinal foi um amor de pessoa e me orientou muito bem.
Como a Lais começou com esse comportamento depois do nascimento da irmã e tem mostrado alguns outros sinais de alerta como "pegar" escondido pecinhas de montar da escola e esconder no shortinho, e também roer as unhas da mão e do PÉ a ponto de machucar-se, a psicóloga acha que ela pode estar com início de depressão infantil e crise de ansiedade.  Isso mesmo.  Minha filha está achando que está me perdendo e isso tem feito ela sofrer... 
Fiquei péssima por causa disso, mas não estou conseguindo suprir todo o papel que me é cabido. ..  o fato é que sem querer devo ter deixado de lado minha filha de 3 anos por conta da bebê... e de me preocupar com coisas de dona de casa...
Acho que ando descontando nela minhas frustrações no  relacionamento com meu marido também.  Ele tem tido atitudes que vem me irritando muito e me fazendo pensar até em separação.  O fato de morar em uma cidade longe de meus familiares também me angustiam.  Me sinto muitas vezes sozinha e só as obrigações domésticas me sufocam.  As vezes fico tão irritada por tudo, e sem paciência, acabo brigando com a Laís por qualquer coisinha.  E criança com a idade dela apronta, não tem jeito.  E ela tem me solicitado muito por conta desses seus sentimentos .  Faz de tudo para chamar minha atençaõ, e diversas vezes eu não gosto e não tenho paciência..
A psicologa me orientou e me pediu para procurar ajuda psicológica para acompanhar agente por um tempo.
Por enquanto não consegui fazer muita coisa não...   Pois não estou bem comigo. Mas vou tentar colocar logo em prática tudo que foi dito.  Sei que amo minha filha e não posso admitir que ela sofra por minha causa.

Os efeitos da Raquianestesia no parto da Laís (Relato do Parto- Novembro de 2008)

No dia 13 de Novembro de 2008, nasceu a minha pequena Laís. Do dia do parto ficou a lembrança da primeira vez que vi aquele rostinho.. das bochechas rosadinhas!... E o terrível pós operatório de uma cesária. Minha filha veio ao mundo com pós datismo, de 41 semanas e 2 dias, depois de uma indução de parto de 6 horas com ocitocina, sem evolução. Ao nascer teve que ser aspirada e teve uma nota (apgar) 3, nos primeiro minutos de vida. Ou seja, entrou em sofrimento fetal, por ter respirado liquido aminiótico. Mas, graças a Deus, logo veio para meus braços, um pouco sufocadinha, mas bem. Eu, logo após a cirurgia, fiquei prostrada, de tanta dor de cabeça que sentia. Parecia que aquela porcaria da tal anestesia "raqui" tinhas subido para meu cérebro!. Passei muito mal. Na mesa,enquanto o médico fazia o parto, eu debatia meus braços incontrolavelmente, além de sentir um pouco de falta de ar. E fiquei tremendo até a anestesia passar, tremia igual vara verde! Eu fiquei tão mal que não consegui amamentar a Laís no primeiro dia.Eu sei que apaguei. E só me lembro de sentir muita dor. No segundo dia de internação eu e minha bebê fomos examinadas. Parecia estar todo bem, embora eu ainda sentisse dor de cabeça, tivemos alta. Já em casa, de noite ao dormi,senti algo queimando na minhas costas e subindo até o pescoço, não dei importância e peguei no sono. Foi aí que começaram uma série de pesadelos e vertigens assombrosos. Eu via pessoas de minha família como se fossem minhocas,outra hora rodava numa corda e era atirada contra paredes num lugar estranho cheio de montanhas. Via seres bisarros que me faziam previsões sinistras (como dizer que eu não poderia ficar com minha bebê). E quando tentava acordar via como se o teto estivesse descendo sobre mim. e via insetos voando pelo quarto. Enfim... Chorava muito e confeço que fiquei com medo de ter problemas por causa do efeitos colaterais da Raqui em meu organismo. Fiquei com medo de ficar louca. Ouvia choro de bebê toda vez que ia tomar banho, e ficava apavorada. Perguntava ao meu marido se a Laís estava chorando e não havia choro algum, era todo coisa da minha mente. E aquela dor de cabeça infernal que nenhum remédio passava... Orava muito e pedia a Deus que não acontecesse nada de ruim comigo, e em 3 dias fui melhorando. Os pesadelos acabaram. E a Dor já não era tanta. Não bastasse isso também tive problemas para amamentar minha filha, eu não sabia como fazer direito, agente não se entendia e ela chorava de fome tadinha... E o meu leite empedrava a toa. E com isso vinha a febre. Foi um sufoco meus primeiros dias como mãe... Mas é um sentimento, um instinto tão forte, que nenhum desses problemas que tive me afastaram da minha filha. Eu com febre, com dor, tendo alucinações e mesmo assim o amor era tão forte que não deixava a mente ser mais forte que eu. E assim os dias foram passando e tudo foi se ajeitando. Apesar de tudo de ruim que passei, a alegria de ser mãe, de saber que aquele pedacinho de gente saiu de dentro de mim, de saber que a minha filha naquele momento olhava para mim e parecia me dizer; mamãe, nesse momento eu só preciso de seu carinho e de seu cuidado!... Isso e somente isso me importavam. Agora eu sou mãe!!!!













SOBRE A ANESTESIA USADA NO MEU PARTO: A RAQUIANESTESIA Denomina-se raquianestesia ( bloqueio subaracnóideo ) a anestesia que resulta da deposição de um anestésico local dentro do espaço subaracnoídeo. Ocorre bloqueio nervoso reversível das raízes anteriores e posteriores, dos gânglios das raízes posteriores e de partes da medula, advindo perda da atividade autônoma, sensitiva e motora. São indicadas para cirurgias de abdômen e extremidades inferiores, inclusive para cirurgias obstétricas ( parto vaginal e cesariana ). Como a medicação é depositada dentro do Líquor, é necessária apenas uma pequena quantidade de anestésico local para produzir anestesia altamente eficiente. Trata-se de uma importante vantagem da raquianestesia sobre a peridural, pois trabalha-se com um risco de intoxicação por anestésicos locais muito próximo de zero. A desvantagem mais conhecida da raquianestesia é a cefaléia pós-punção (nome técnico para a dor de cabeça que pode aparecer quando perfuramos a dura-máter). A explicação mais aceita para esta condição é relacionada com o "furinho" que fica por alguns dias na dura máter e provocaria perda de líquor do espaço subaracnoídeo, causando a dor de cabeça. Com a introdução de agulhas mais finas, descartáveis e menos traumáticas, esta técnica novamente ganhou grande impulso. Porquê a incidência de cefaléia diminuiu tanto com este novo material ??? A resposta é simples: agulhas melhores fazem "furinhos" menores nas meninges, ocasionando menor escape de líquor e menor probablidade de cefaléia. A simplicidade de realização, o excelente controle do nível de anestesia que proporciona, a excelente qualidade do bloqueio sensitivo e motor, o baixo custo e a segurança do procedimento explicam por que esta é uma das técnicas anestésicas prediletas do anestesiologista brasileiro.