CLICK HERE FOR THOUSANDS OF FREE BLOGGER TEMPLATES »

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Li esse texto em um blog e copiei porque achei ele lindo..

Agora eu sou dois
Meu corpo muda tanto que meus órgãos parecem querer ir embora. A fome vem com jeito de enjôo. A felicidade vem com vontade de ficar quieta. Shiii. Silêncio.

Eu, imóvel tentando ouvir você crescer em mim. Eu, com medo, tentando sentir que está tudo bem. Tentando pensar que sou um bom ninho. Ou casulo. Ou casa. E você sugando as minhas forças, meu humor, meu sentido de realidade para fazer crescer a pele que vamos acariciar, a boca que vamos alimentar, os olhos que vão ver o mundo de um jeito que vamos ter que ensinar. Penso em Deus.

Penso em Deus porque não poderia acreditar que posso fazer isso sozinha. Seria poder demais, responsabilidade demais, força demais para um ser humano.

Ser humana. Me sinto mais mulher do que nunca. Não super mulher, não confundam. Me sinto mulher inteira e de verdade, mas pequenininha diante de tudo que vai acontecer. De tudo que vai mudar. Das coisas que não vou se capaz de mudar. Um coração batendo dentro de mim e não é o meu.Choro e entendo.

Entendo que os homens não poderiam gerar uma vida porque se sentiriam magnânimos, capazes de tudo. Enquanto eu mal me sinto capaz de levantar da cama, de comer os legumes que te fazem bem, de não comer o chocolate que te faz mal.

Mal me sinto capaz de escrever porque sei que não vou encontrar as palavras certas. Não vou organizá-las na ordem correta. Não vou fazer quem lê estas linhas entender tudo o que eu sinto. Um turbilhão em câmera lenta dentro do meu coração, como se o furacão tivesse a noção de que na velocidade normal te acordaria, te incomodaria, te assustaria. Shiii. Silêncio.

Agora eu sou dois e cada passo, cada pensamento, cada alimento interferem em você. Quero ser só amor, mas sou humana e volto a pensar em Deus. Também penso em nós dois. Agora você, meu amor. Que me amava desde que eu era só um. Que me amou tanto que me fez dois. Que me ama muito agora, meio feliz, meio desconfiado, meio com medo de quando seremos três. Na verdade quatro, com o cão de pernas curtas que nos fez sentir uma família pela primeira vez .

Seremos quatro, nunca tão felizes como um comercial de Margarina. Aquela felicidade falsa, insossa, pasteurizada. Teremos a nossa felicidade inconstante, recheada de incertezas. Se tivéssemos certeza, não seria preciso acreditar. E enquanto acreditamos na mesma coisa – nós dois, nós três, nós quatro – mesmo nos dias tristes, eu vou saber que sou feliz. Shiii. Silêncio.
Agora eu sou dois.

Em breve seremos três. Tenho medo de nunca mais ser só eu. Mas tenho mais medo ainda de ser qualquer coisa menos do que nós, juntos.

1 comentários:

Nadila disse...

oi linda,

Que lindo achei o máximo as suas lindas palavras, realmente é uma grande mudança, e com certeza é a mão de Deus fazendo td isso, pois não somos capazes de tanto né...
Olha pode deixar que colocarei td lá no blogue do chá de bb, espero que ajude muito no seu tá...

xero

Os efeitos da Raquianestesia no parto da Laís (Relato do Parto- Novembro de 2008)

No dia 13 de Novembro de 2008, nasceu a minha pequena Laís. Do dia do parto ficou a lembrança da primeira vez que vi aquele rostinho.. das bochechas rosadinhas!... E o terrível pós operatório de uma cesária. Minha filha veio ao mundo com pós datismo, de 41 semanas e 2 dias, depois de uma indução de parto de 6 horas com ocitocina, sem evolução. Ao nascer teve que ser aspirada e teve uma nota (apgar) 3, nos primeiro minutos de vida. Ou seja, entrou em sofrimento fetal, por ter respirado liquido aminiótico. Mas, graças a Deus, logo veio para meus braços, um pouco sufocadinha, mas bem. Eu, logo após a cirurgia, fiquei prostrada, de tanta dor de cabeça que sentia. Parecia que aquela porcaria da tal anestesia "raqui" tinhas subido para meu cérebro!. Passei muito mal. Na mesa,enquanto o médico fazia o parto, eu debatia meus braços incontrolavelmente, além de sentir um pouco de falta de ar. E fiquei tremendo até a anestesia passar, tremia igual vara verde! Eu fiquei tão mal que não consegui amamentar a Laís no primeiro dia.Eu sei que apaguei. E só me lembro de sentir muita dor. No segundo dia de internação eu e minha bebê fomos examinadas. Parecia estar todo bem, embora eu ainda sentisse dor de cabeça, tivemos alta. Já em casa, de noite ao dormi,senti algo queimando na minhas costas e subindo até o pescoço, não dei importância e peguei no sono. Foi aí que começaram uma série de pesadelos e vertigens assombrosos. Eu via pessoas de minha família como se fossem minhocas,outra hora rodava numa corda e era atirada contra paredes num lugar estranho cheio de montanhas. Via seres bisarros que me faziam previsões sinistras (como dizer que eu não poderia ficar com minha bebê). E quando tentava acordar via como se o teto estivesse descendo sobre mim. e via insetos voando pelo quarto. Enfim... Chorava muito e confeço que fiquei com medo de ter problemas por causa do efeitos colaterais da Raqui em meu organismo. Fiquei com medo de ficar louca. Ouvia choro de bebê toda vez que ia tomar banho, e ficava apavorada. Perguntava ao meu marido se a Laís estava chorando e não havia choro algum, era todo coisa da minha mente. E aquela dor de cabeça infernal que nenhum remédio passava... Orava muito e pedia a Deus que não acontecesse nada de ruim comigo, e em 3 dias fui melhorando. Os pesadelos acabaram. E a Dor já não era tanta. Não bastasse isso também tive problemas para amamentar minha filha, eu não sabia como fazer direito, agente não se entendia e ela chorava de fome tadinha... E o meu leite empedrava a toa. E com isso vinha a febre. Foi um sufoco meus primeiros dias como mãe... Mas é um sentimento, um instinto tão forte, que nenhum desses problemas que tive me afastaram da minha filha. Eu com febre, com dor, tendo alucinações e mesmo assim o amor era tão forte que não deixava a mente ser mais forte que eu. E assim os dias foram passando e tudo foi se ajeitando. Apesar de tudo de ruim que passei, a alegria de ser mãe, de saber que aquele pedacinho de gente saiu de dentro de mim, de saber que a minha filha naquele momento olhava para mim e parecia me dizer; mamãe, nesse momento eu só preciso de seu carinho e de seu cuidado!... Isso e somente isso me importavam. Agora eu sou mãe!!!!













SOBRE A ANESTESIA USADA NO MEU PARTO: A RAQUIANESTESIA Denomina-se raquianestesia ( bloqueio subaracnóideo ) a anestesia que resulta da deposição de um anestésico local dentro do espaço subaracnoídeo. Ocorre bloqueio nervoso reversível das raízes anteriores e posteriores, dos gânglios das raízes posteriores e de partes da medula, advindo perda da atividade autônoma, sensitiva e motora. São indicadas para cirurgias de abdômen e extremidades inferiores, inclusive para cirurgias obstétricas ( parto vaginal e cesariana ). Como a medicação é depositada dentro do Líquor, é necessária apenas uma pequena quantidade de anestésico local para produzir anestesia altamente eficiente. Trata-se de uma importante vantagem da raquianestesia sobre a peridural, pois trabalha-se com um risco de intoxicação por anestésicos locais muito próximo de zero. A desvantagem mais conhecida da raquianestesia é a cefaléia pós-punção (nome técnico para a dor de cabeça que pode aparecer quando perfuramos a dura-máter). A explicação mais aceita para esta condição é relacionada com o "furinho" que fica por alguns dias na dura máter e provocaria perda de líquor do espaço subaracnoídeo, causando a dor de cabeça. Com a introdução de agulhas mais finas, descartáveis e menos traumáticas, esta técnica novamente ganhou grande impulso. Porquê a incidência de cefaléia diminuiu tanto com este novo material ??? A resposta é simples: agulhas melhores fazem "furinhos" menores nas meninges, ocasionando menor escape de líquor e menor probablidade de cefaléia. A simplicidade de realização, o excelente controle do nível de anestesia que proporciona, a excelente qualidade do bloqueio sensitivo e motor, o baixo custo e a segurança do procedimento explicam por que esta é uma das técnicas anestésicas prediletas do anestesiologista brasileiro.