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sexta-feira, 2 de setembro de 2011

O desmame total da Laís... Grávida e desmamando...

Desde que descobri minha segunda gestação, meio no susto, pois não tinha planejado, veio a angustia de como faria com a minha filha, pois ainda não tinha conseguido fazer o desmame noturno dela e nem tirar a "mania" que ela tinha de só dormir  no peito. 
Foi depois da primeira consulta pré natal onde me foi dito que deveria  fazer o desmame dela, que começou o meu empenho, já que estava influenciando na minha nutrição e consequentemente a nutrição do bebê. Dessa vez não haveria "pena" que viesse, o "mamá" teria que acabar de uma vez!
Como fiz:
No dia 03 de agosto sentei ao lado dela e conversando olhando em seus olhinhos, expliquei "que tinha um nenenzinho na barriga da mamãe e que era o irmaozinho dela.  Mas que a mamãe estava ficando dodoi e que não podia mas mamar pois senão ia fazer mal pro nenen, porque dava cólica na mamãe e assim,mamãe teria que tomar injerção e tal..."  Foi mais ou menos assim.  eu só tomei cuidado pra não falar como se ela fosse a culpada por isso.  Não lembro muito bem as palavras mas sei que deu certo pois ela entendeu e disse:   -" Tá bom mamãe...  Eu não vou mais mamar!!!"...
Lógico que não foi o que aconteceu!...  Pois bastava dar a hora de dormir pra começar o dengo.  Não seria de uma hora para outra que um vínculo de 2 anos e 9 meses terminasse. 
Aí veio a parte da negociação:  -" A mamãe vai dar só um golinho e você vai virar pro cantinho, fechar os olhinhos e dormir!...  "  Ela dizia:  Tá bom mamãe...  Só um golinho!...".  E assim fomos nós.  Eu deixava ela mamar um pouquinho, tirava o peito, falava pra ela virar pro cantinho. Cantava uma musiquinha e fazia massagem em suas costas.  Passava alguns minutos ela adormecia.   -Que felicidade!  Eu estava conseguindo!...-
Chegava a madrugada;  Laís acordava querendo peito eu firme dizia que não!  Ela pedia "Só um golinho!"...  Eu sedia,  fazia a exigência; "- Agora vira pro cantinho e dorme!..."  Ela obedecia...
Assim foi até o dia 23 de agosto.  Nesse dia o pai dela estava de folga em casa e ela na hora de dormir depois de todo esse processo, se recusou a virar pro cantinho e dormir sozinha, queria ficar agarrada no meu peito e fez a maior pirraça!  Então  fiquei muito brava com ela. 
Na maior birra quis o pai e não queria ficar no quarto comigo.  Esperei ela se acalmar. E eu também...
De volta ao quarto e mais calma ela pediu massagem (ela adora massagem nas costas!).  O pai fez mas ela não conseguia pegar no sono.  Então eu fiz todo o processo de novo...  Cinco minutos depois estava apagada...  Chegou a roncar!...
No dia seguinte eu sentei com ela novamente e voltei a falar tudo o que já tinha explicado e deixei claro que não iria tolerar pirraça por causa do mamá!!!  Ela entendeu e tornou a falar que "não ia mais mamar".
Passei os nove últimos dias firme. Não dei um pouquinho sequer de mamá. Ela até chegou a pedir "um golinho"...  Mas eu desviava a atenção para outra coisa.  Eu e o papai reforçamos a promessa que tínhamos feito que se ela parasse de mamar iria ganhar presentes (ela pediu; uma boneca que chora, bolinha de sabão e uma motinha - dessas elétricas que são carérrimas).
A soneca da tarde: Eu coloco ela no meu colo sentada no sofá da sala mesmo, falo para ela dormir um pouquinho pra descansar, pra depois agente brincar bastante...  Ela deita e dorme. Então eu ponho na cama.
A noite:  Como ela não vai mas se alimentar de madrugada eu procuro fazer de tudo para ela comer bem.  Dou o lanche a janta e antes de dormir dou um suco já que ela não gosta de nenhum tipo de mingau.  Por fim dou um banho bem gostoso e deixo ela numa banheira com bastante agua numa temperatura de morna pra quente.  Ela fica lá por cerca de 10 a 15 minutos com seus brinquedinhos.  Acalma bastante ela e relaxa.  Na hora de dormir deittamos fazemos a oração, digo vira pro cantinho, fecha os olhinhos e dorme e começo a fazer massagem nas costas .  Alguns minutos depois ela adormece.
Se acorda de madrugada eu falo com tom sério:  Vira pro cantinho e dorme!  Ela resmunga, faz um pouco de pirraça então eu finjo não dar atenção e ela dorme.
Pela manhã Laís acorda e diz:  " Mãe nem mamei toda hola!!!..."  Uma graça...
Hoje estamos no nono dia de desmame total.  Ela não pediu nem mais uma vez "um golinho".
O principal foi ter calma e firmeza para não seder.  E fazer tudo com amor e carinho e paciência.
Laís começou a se alimentar bem melhor e a dormir também (tinha noites que ela acordava mais de 6 vezes- pior que bebezinho).  Ainda está acordando de madruga de 1 a 2 vezes, mas teve noites que não acordou.
Quanto ao peito não encheu mais e nem doeu um só dia.

O desmame aconteceu sem traumas para mim e para ela. Foi um processo de aprendizagem e amadurecimento da nossa relação. Com a chegada de outro bebê seria complicado manter uma crinça grande que não tinha mais necessidades nutricionais do leite materno e eu também já estava cansada.

Estou feliz por nossa conquista.  A amamentação para mim foi uma experiência ótima, e sei que só tive problemas em não fazer o desmame antes por  insegurança e também por achar que minha filha não estava pronta para parar de mamar.
Tanto amamentar quanto desmamar me fizeram aprender muita coisa; sobre mim, sobre ser mãe...

2 comentários:

nanda disse...

que trabalho em?
mas graças a deus no final deu tudo certo devo imaginar seu coração como ficou,deve ter ficado apertadinho,tadinha de lais,ainda bem que ja passou bjs fiquem com deus

dryka propp disse...

você foi guerreira no desmame da Laís,mas muito carinhosa o que deve ter evitado trauma pras duas,parabéns Andressa!

Os efeitos da Raquianestesia no parto da Laís (Relato do Parto- Novembro de 2008)

No dia 13 de Novembro de 2008, nasceu a minha pequena Laís. Do dia do parto ficou a lembrança da primeira vez que vi aquele rostinho.. das bochechas rosadinhas!... E o terrível pós operatório de uma cesária. Minha filha veio ao mundo com pós datismo, de 41 semanas e 2 dias, depois de uma indução de parto de 6 horas com ocitocina, sem evolução. Ao nascer teve que ser aspirada e teve uma nota (apgar) 3, nos primeiro minutos de vida. Ou seja, entrou em sofrimento fetal, por ter respirado liquido aminiótico. Mas, graças a Deus, logo veio para meus braços, um pouco sufocadinha, mas bem. Eu, logo após a cirurgia, fiquei prostrada, de tanta dor de cabeça que sentia. Parecia que aquela porcaria da tal anestesia "raqui" tinhas subido para meu cérebro!. Passei muito mal. Na mesa,enquanto o médico fazia o parto, eu debatia meus braços incontrolavelmente, além de sentir um pouco de falta de ar. E fiquei tremendo até a anestesia passar, tremia igual vara verde! Eu fiquei tão mal que não consegui amamentar a Laís no primeiro dia.Eu sei que apaguei. E só me lembro de sentir muita dor. No segundo dia de internação eu e minha bebê fomos examinadas. Parecia estar todo bem, embora eu ainda sentisse dor de cabeça, tivemos alta. Já em casa, de noite ao dormi,senti algo queimando na minhas costas e subindo até o pescoço, não dei importância e peguei no sono. Foi aí que começaram uma série de pesadelos e vertigens assombrosos. Eu via pessoas de minha família como se fossem minhocas,outra hora rodava numa corda e era atirada contra paredes num lugar estranho cheio de montanhas. Via seres bisarros que me faziam previsões sinistras (como dizer que eu não poderia ficar com minha bebê). E quando tentava acordar via como se o teto estivesse descendo sobre mim. e via insetos voando pelo quarto. Enfim... Chorava muito e confeço que fiquei com medo de ter problemas por causa do efeitos colaterais da Raqui em meu organismo. Fiquei com medo de ficar louca. Ouvia choro de bebê toda vez que ia tomar banho, e ficava apavorada. Perguntava ao meu marido se a Laís estava chorando e não havia choro algum, era todo coisa da minha mente. E aquela dor de cabeça infernal que nenhum remédio passava... Orava muito e pedia a Deus que não acontecesse nada de ruim comigo, e em 3 dias fui melhorando. Os pesadelos acabaram. E a Dor já não era tanta. Não bastasse isso também tive problemas para amamentar minha filha, eu não sabia como fazer direito, agente não se entendia e ela chorava de fome tadinha... E o meu leite empedrava a toa. E com isso vinha a febre. Foi um sufoco meus primeiros dias como mãe... Mas é um sentimento, um instinto tão forte, que nenhum desses problemas que tive me afastaram da minha filha. Eu com febre, com dor, tendo alucinações e mesmo assim o amor era tão forte que não deixava a mente ser mais forte que eu. E assim os dias foram passando e tudo foi se ajeitando. Apesar de tudo de ruim que passei, a alegria de ser mãe, de saber que aquele pedacinho de gente saiu de dentro de mim, de saber que a minha filha naquele momento olhava para mim e parecia me dizer; mamãe, nesse momento eu só preciso de seu carinho e de seu cuidado!... Isso e somente isso me importavam. Agora eu sou mãe!!!!













SOBRE A ANESTESIA USADA NO MEU PARTO: A RAQUIANESTESIA Denomina-se raquianestesia ( bloqueio subaracnóideo ) a anestesia que resulta da deposição de um anestésico local dentro do espaço subaracnoídeo. Ocorre bloqueio nervoso reversível das raízes anteriores e posteriores, dos gânglios das raízes posteriores e de partes da medula, advindo perda da atividade autônoma, sensitiva e motora. São indicadas para cirurgias de abdômen e extremidades inferiores, inclusive para cirurgias obstétricas ( parto vaginal e cesariana ). Como a medicação é depositada dentro do Líquor, é necessária apenas uma pequena quantidade de anestésico local para produzir anestesia altamente eficiente. Trata-se de uma importante vantagem da raquianestesia sobre a peridural, pois trabalha-se com um risco de intoxicação por anestésicos locais muito próximo de zero. A desvantagem mais conhecida da raquianestesia é a cefaléia pós-punção (nome técnico para a dor de cabeça que pode aparecer quando perfuramos a dura-máter). A explicação mais aceita para esta condição é relacionada com o "furinho" que fica por alguns dias na dura máter e provocaria perda de líquor do espaço subaracnoídeo, causando a dor de cabeça. Com a introdução de agulhas mais finas, descartáveis e menos traumáticas, esta técnica novamente ganhou grande impulso. Porquê a incidência de cefaléia diminuiu tanto com este novo material ??? A resposta é simples: agulhas melhores fazem "furinhos" menores nas meninges, ocasionando menor escape de líquor e menor probablidade de cefaléia. A simplicidade de realização, o excelente controle do nível de anestesia que proporciona, a excelente qualidade do bloqueio sensitivo e motor, o baixo custo e a segurança do procedimento explicam por que esta é uma das técnicas anestésicas prediletas do anestesiologista brasileiro.