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sexta-feira, 23 de março de 2012

EDITADO - Meu (Falso) início de Trabalho de parto

Ontem a noite, estava bastante cansada e resolvi dormir cedo, as 21:30 já estava na cama e logo adormeci.
Quando foi 23:20hs acordei sentindo uma pontada na barriga seguida de uma dor forte.  Era uma contração...
A Júlia ficou bastante agitada depois que a dor passou.  Fiquei tranquila pois não foi a primeira vez que isso tinha acontecido e como foi virada da lua, dizem que mexe mesmo com a grávida.
O fato é que tive outras contrações até as 2hs da manhã, quando vencida pelo cansaço, peguei no sono e apaguei até ser acordada pela Laís as 5:20 hs da manhã...
Daí desde as 7 hs  até as 15hs da tarde, estou esperando as contrações se intensificarem e se estabilizarem, para então poder entrar enfim em TP, mas não está acontecendo.
Fui ao hospital, o médico fez um toque e me disse que o colo do útero está fino , porém fechado e a Julinha está lá em cima flutuando...
Cheguei em casa quase 18hs e as contrações continuam.  Fui ao banheiro e quando olhei minha calcinha estava lá o tampão começou a sair, e tinha um pouco de sangue.
Agora são 19:30hs as contrações continuam sem ritmo, não muito doloridas e pelo visto nada vai acontecer mais hoje... 
Continuo esperando....  Com mulheres que não são parideiras é assim mesmo.

25/03/12
O TP não evoluiu mesmo.
Ontem passei o dia inteiro perdendo o tampão e saia junto um pouquinho de sangue, mas contrações nem tive mais,.  Só precisei tomar um comprimido de Buscopan, porque tive um pouquinho de cólica.  Fora isso nada...
Hoje estou me sentindo cansada, porque não dormi quase nada, pois está muito complicado ficar trocando de lado, a barriga não se acomoda de forma nenhuma.  Bem cansativo mesmo chegar as 41 semanas...
Até agora 14:30  não senti nada de anormal, só pela manhã uma leve cólica, mas nem tomei remédio.  E o tampão parece ter saído todo, pois não sujou mais a calcinha.
Então é isso....  Continuo esperando... 
Amanhã se nada acontecer, tenho consulta pré natal marcada para 13:30hs..
Vamos ver o que vai acontecer...

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Os efeitos da Raquianestesia no parto da Laís (Relato do Parto- Novembro de 2008)

No dia 13 de Novembro de 2008, nasceu a minha pequena Laís. Do dia do parto ficou a lembrança da primeira vez que vi aquele rostinho.. das bochechas rosadinhas!... E o terrível pós operatório de uma cesária. Minha filha veio ao mundo com pós datismo, de 41 semanas e 2 dias, depois de uma indução de parto de 6 horas com ocitocina, sem evolução. Ao nascer teve que ser aspirada e teve uma nota (apgar) 3, nos primeiro minutos de vida. Ou seja, entrou em sofrimento fetal, por ter respirado liquido aminiótico. Mas, graças a Deus, logo veio para meus braços, um pouco sufocadinha, mas bem. Eu, logo após a cirurgia, fiquei prostrada, de tanta dor de cabeça que sentia. Parecia que aquela porcaria da tal anestesia "raqui" tinhas subido para meu cérebro!. Passei muito mal. Na mesa,enquanto o médico fazia o parto, eu debatia meus braços incontrolavelmente, além de sentir um pouco de falta de ar. E fiquei tremendo até a anestesia passar, tremia igual vara verde! Eu fiquei tão mal que não consegui amamentar a Laís no primeiro dia.Eu sei que apaguei. E só me lembro de sentir muita dor. No segundo dia de internação eu e minha bebê fomos examinadas. Parecia estar todo bem, embora eu ainda sentisse dor de cabeça, tivemos alta. Já em casa, de noite ao dormi,senti algo queimando na minhas costas e subindo até o pescoço, não dei importância e peguei no sono. Foi aí que começaram uma série de pesadelos e vertigens assombrosos. Eu via pessoas de minha família como se fossem minhocas,outra hora rodava numa corda e era atirada contra paredes num lugar estranho cheio de montanhas. Via seres bisarros que me faziam previsões sinistras (como dizer que eu não poderia ficar com minha bebê). E quando tentava acordar via como se o teto estivesse descendo sobre mim. e via insetos voando pelo quarto. Enfim... Chorava muito e confeço que fiquei com medo de ter problemas por causa do efeitos colaterais da Raqui em meu organismo. Fiquei com medo de ficar louca. Ouvia choro de bebê toda vez que ia tomar banho, e ficava apavorada. Perguntava ao meu marido se a Laís estava chorando e não havia choro algum, era todo coisa da minha mente. E aquela dor de cabeça infernal que nenhum remédio passava... Orava muito e pedia a Deus que não acontecesse nada de ruim comigo, e em 3 dias fui melhorando. Os pesadelos acabaram. E a Dor já não era tanta. Não bastasse isso também tive problemas para amamentar minha filha, eu não sabia como fazer direito, agente não se entendia e ela chorava de fome tadinha... E o meu leite empedrava a toa. E com isso vinha a febre. Foi um sufoco meus primeiros dias como mãe... Mas é um sentimento, um instinto tão forte, que nenhum desses problemas que tive me afastaram da minha filha. Eu com febre, com dor, tendo alucinações e mesmo assim o amor era tão forte que não deixava a mente ser mais forte que eu. E assim os dias foram passando e tudo foi se ajeitando. Apesar de tudo de ruim que passei, a alegria de ser mãe, de saber que aquele pedacinho de gente saiu de dentro de mim, de saber que a minha filha naquele momento olhava para mim e parecia me dizer; mamãe, nesse momento eu só preciso de seu carinho e de seu cuidado!... Isso e somente isso me importavam. Agora eu sou mãe!!!!













SOBRE A ANESTESIA USADA NO MEU PARTO: A RAQUIANESTESIA Denomina-se raquianestesia ( bloqueio subaracnóideo ) a anestesia que resulta da deposição de um anestésico local dentro do espaço subaracnoídeo. Ocorre bloqueio nervoso reversível das raízes anteriores e posteriores, dos gânglios das raízes posteriores e de partes da medula, advindo perda da atividade autônoma, sensitiva e motora. São indicadas para cirurgias de abdômen e extremidades inferiores, inclusive para cirurgias obstétricas ( parto vaginal e cesariana ). Como a medicação é depositada dentro do Líquor, é necessária apenas uma pequena quantidade de anestésico local para produzir anestesia altamente eficiente. Trata-se de uma importante vantagem da raquianestesia sobre a peridural, pois trabalha-se com um risco de intoxicação por anestésicos locais muito próximo de zero. A desvantagem mais conhecida da raquianestesia é a cefaléia pós-punção (nome técnico para a dor de cabeça que pode aparecer quando perfuramos a dura-máter). A explicação mais aceita para esta condição é relacionada com o "furinho" que fica por alguns dias na dura máter e provocaria perda de líquor do espaço subaracnoídeo, causando a dor de cabeça. Com a introdução de agulhas mais finas, descartáveis e menos traumáticas, esta técnica novamente ganhou grande impulso. Porquê a incidência de cefaléia diminuiu tanto com este novo material ??? A resposta é simples: agulhas melhores fazem "furinhos" menores nas meninges, ocasionando menor escape de líquor e menor probablidade de cefaléia. A simplicidade de realização, o excelente controle do nível de anestesia que proporciona, a excelente qualidade do bloqueio sensitivo e motor, o baixo custo e a segurança do procedimento explicam por que esta é uma das técnicas anestésicas prediletas do anestesiologista brasileiro.