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quarta-feira, 16 de março de 2011

CARACTERÍSTICAS DA IDADE - Crianças de 2 a 3 anos

Minha filhotinha está na escola faz 1 mês.  Ela tem 2 anos e 4 meses e iniciou sua socialização e adaptação ao mundo, fora da proteção da mamãe aqui...
Acho importante saber em que fase nossos filhos estão passando para melhor compreende-los.
Sobre colocar a criança cedo na escola, posso afirmar por experiência que é um ótimo investimento para o crescimento e desenvolvimento dela.  Minha filha com duas semanas de aula já cantava várias musiquinhas(persepção, fala), distinguia os amiguinhos por nome e não quer largar dos lápis e canetas...  A criatividade dela está a mil!!  Que diga as paredes da casa!!  E ela está bem mais feliz... E também está comendo melhor...  Só vi benefícios!  Uma boa educação é a melhor herança que podemos deixar para nossos filhos.
Segue o texto:

A criança é um ser em pleno desenvolvimento, quando tem um organismo com condições biológicas, que acabam por compor o intelecto e o psicológico, além do social.
Bloom e Henri Dieuzeide (Henri é educador francês), destacam a fase de 3 a 6 anos, o “plus” da formação da inteligência e personalidade humana. Assim a pré-escola é uma preciosidade da educação e os professores devem ser as jóias raras, pois a responsabilidade e o compromisso com as nossas crianças já começam por ai. Além de não ter o direito de interferir nas suas descobertas com rótulos já consagrados na sociedade.
Ela tem que ter a liberdade de conhecer o mundo como ele é e não como nós queremos representar.

Piaget se fundamenta na interação do organismo com o meio. O organismo possui estruturas biológicas que alicerçam essa interação. E no processo de adaptação que nada mais é do que o organismo armazenando informações e acionando as mesmas para construir o conhecimento. Nesse processo, as estruturas ganham uma complexidade na medida em que o indivíduo se adapta as necessidades do meio, sendo situações de equilíbrio e desequilíbrio na adaptação referida.
Ainda sobre Piaget, a criança se inclui na fase das estruturas mentais nomeadas de pré-operacional. Nesta fase a criança apresenta o pensamento pré-operatório traduzido no qual desconhece a lógica das relações, mas já é capaz de estabelecer algumas deduções, porém, por falta de generalização logo se contradiz e não sabe achar o caminho de volta sem mudar o rumo de suas colocações. Como os componentes do raciocínio ficam sem síntese, a criança impede de fazer cortes e distinções necessárias ao pensamento analítico. Isso faz com que ela agrupe sobre o mesmo vocabulário essas coisas heterogêneas.
O egocentrismo é uma outra característica marcante desta fase. A criança julga tudo pelo seu ponto de vista e sente dificuldade de perceber a verdade do ponto de vista de um adulto e de outra criança.
O campo de atenção da criança é capaz de observar uma grande quantidade de detalhes, porém não consegue relacioná-las ao todo. Essa incapacidade de síntese pode ser observada nos primeiros desenhos infantis, onde os detalhes são desenhados, mas como não existe uma relação entre partes e o todo, eles são colocados em qualquer ponto. É uma tendência de ligar “tudo a tudo”.
A criança tende a fazer nesta fase uma explosão lingüística, daí a importância de falar corretamente para que ela possa ter um referencial. A linguagem é um dos seus instrumentos de comunicação que vai expandir suas relações. O uso de capacidade simbólica vai ficar menos dependente das suas sensações, pois a linguagem é uma habilidade maior que vai adquirir. Os jogos simbólicos são caracterizados no faz de conta e a linguagem vai sendo mais socializada.
Os prazos de fase variam de criança para criança. As crianças se desenvolvem física, social e intelectualmente. No desenvolvimento físico temos exploração sensorial, a imitação estimulando a espontaneidade e o senso de equilíbrio se desenvolvendo. Quanto ao social, nota-se um interesse da criança em conversar, isso acaba refletindo uma consciência do “outro”. A colaboração surge, mas é pouca em grupos pequenos. Esse fator influi na autopercepção e desperta outros comportamentos, como a competição. E por último, no desenvolvimento intelectual, a criança já começa fazer questionamento sobre os fatos e fenômenos que acontecem há um aumento de vocabulário; o pensamento é mais consecutivo e combinatório do que sintético.
Para compreendermos melhor todo o processo global do desenvolvimento das crianças desta idade, ainda se faz necessário saber de algumas informações técnicas, que fazem parte desse conhecimento.

ÁREA SOCIAL

- Interessa-se pelas pessoas, observa suas expressões faciais;
- Continua com o brinquedo solitário por menos tempo;
- Tolera brinquedos coletivos;
- Tem apego a um companheiro determinado;
- Gosta de ajudar nas tarefas;
- Tem cada vez mais clara a consciência do eu, do nós e de você;
- Consegue descrever a diferença de meninos e meninas.

ÁREA DE LINGUAGEM

- Improvisa diante de atividades livres para dar vazão a toda sua capacidade, comentar, inventar e fantasiar;
- Faz tratos;
- Torna-se independente gradativamente para entender sua necessidade fisiológica;
- Reconhece e localiza outras dependências da escola do seu uso.

ÁREA DE HABILIDADE MOTORA

- Vivencia ações corporais como parar de pé no banco;
- Experimenta situações de controle de movimento;
- Domina movimentos bimanuais como construir, enfileirar, cobrir fundos de objetos.

ÁREA PERCEPTIVA

- Vivencia situações para aprender a ouvir (jogos auditivos);
- Vivencia atividades de discriminação visual, audição e memória;
- Identifica as noções temporais.

ÁREA DE ATENÇÃO, MEMÓRIA E FATIGABILIDADE

- Evoca objetos apresentados e retirados;
- Evoca personagens de segmentos de histórias;
- Mantêm-se atentos em atividades de grupo.

Toda as faculdades de desenvolvimento tais como a física, social e intelectual da criança, serão construídas e intensificadas através das relações com as pessoas e com os objetos, a partir das oportunidades e vivencias que lhes forem dadas.

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Os efeitos da Raquianestesia no parto da Laís (Relato do Parto- Novembro de 2008)

No dia 13 de Novembro de 2008, nasceu a minha pequena Laís. Do dia do parto ficou a lembrança da primeira vez que vi aquele rostinho.. das bochechas rosadinhas!... E o terrível pós operatório de uma cesária. Minha filha veio ao mundo com pós datismo, de 41 semanas e 2 dias, depois de uma indução de parto de 6 horas com ocitocina, sem evolução. Ao nascer teve que ser aspirada e teve uma nota (apgar) 3, nos primeiro minutos de vida. Ou seja, entrou em sofrimento fetal, por ter respirado liquido aminiótico. Mas, graças a Deus, logo veio para meus braços, um pouco sufocadinha, mas bem. Eu, logo após a cirurgia, fiquei prostrada, de tanta dor de cabeça que sentia. Parecia que aquela porcaria da tal anestesia "raqui" tinhas subido para meu cérebro!. Passei muito mal. Na mesa,enquanto o médico fazia o parto, eu debatia meus braços incontrolavelmente, além de sentir um pouco de falta de ar. E fiquei tremendo até a anestesia passar, tremia igual vara verde! Eu fiquei tão mal que não consegui amamentar a Laís no primeiro dia.Eu sei que apaguei. E só me lembro de sentir muita dor. No segundo dia de internação eu e minha bebê fomos examinadas. Parecia estar todo bem, embora eu ainda sentisse dor de cabeça, tivemos alta. Já em casa, de noite ao dormi,senti algo queimando na minhas costas e subindo até o pescoço, não dei importância e peguei no sono. Foi aí que começaram uma série de pesadelos e vertigens assombrosos. Eu via pessoas de minha família como se fossem minhocas,outra hora rodava numa corda e era atirada contra paredes num lugar estranho cheio de montanhas. Via seres bisarros que me faziam previsões sinistras (como dizer que eu não poderia ficar com minha bebê). E quando tentava acordar via como se o teto estivesse descendo sobre mim. e via insetos voando pelo quarto. Enfim... Chorava muito e confeço que fiquei com medo de ter problemas por causa do efeitos colaterais da Raqui em meu organismo. Fiquei com medo de ficar louca. Ouvia choro de bebê toda vez que ia tomar banho, e ficava apavorada. Perguntava ao meu marido se a Laís estava chorando e não havia choro algum, era todo coisa da minha mente. E aquela dor de cabeça infernal que nenhum remédio passava... Orava muito e pedia a Deus que não acontecesse nada de ruim comigo, e em 3 dias fui melhorando. Os pesadelos acabaram. E a Dor já não era tanta. Não bastasse isso também tive problemas para amamentar minha filha, eu não sabia como fazer direito, agente não se entendia e ela chorava de fome tadinha... E o meu leite empedrava a toa. E com isso vinha a febre. Foi um sufoco meus primeiros dias como mãe... Mas é um sentimento, um instinto tão forte, que nenhum desses problemas que tive me afastaram da minha filha. Eu com febre, com dor, tendo alucinações e mesmo assim o amor era tão forte que não deixava a mente ser mais forte que eu. E assim os dias foram passando e tudo foi se ajeitando. Apesar de tudo de ruim que passei, a alegria de ser mãe, de saber que aquele pedacinho de gente saiu de dentro de mim, de saber que a minha filha naquele momento olhava para mim e parecia me dizer; mamãe, nesse momento eu só preciso de seu carinho e de seu cuidado!... Isso e somente isso me importavam. Agora eu sou mãe!!!!













SOBRE A ANESTESIA USADA NO MEU PARTO: A RAQUIANESTESIA Denomina-se raquianestesia ( bloqueio subaracnóideo ) a anestesia que resulta da deposição de um anestésico local dentro do espaço subaracnoídeo. Ocorre bloqueio nervoso reversível das raízes anteriores e posteriores, dos gânglios das raízes posteriores e de partes da medula, advindo perda da atividade autônoma, sensitiva e motora. São indicadas para cirurgias de abdômen e extremidades inferiores, inclusive para cirurgias obstétricas ( parto vaginal e cesariana ). Como a medicação é depositada dentro do Líquor, é necessária apenas uma pequena quantidade de anestésico local para produzir anestesia altamente eficiente. Trata-se de uma importante vantagem da raquianestesia sobre a peridural, pois trabalha-se com um risco de intoxicação por anestésicos locais muito próximo de zero. A desvantagem mais conhecida da raquianestesia é a cefaléia pós-punção (nome técnico para a dor de cabeça que pode aparecer quando perfuramos a dura-máter). A explicação mais aceita para esta condição é relacionada com o "furinho" que fica por alguns dias na dura máter e provocaria perda de líquor do espaço subaracnoídeo, causando a dor de cabeça. Com a introdução de agulhas mais finas, descartáveis e menos traumáticas, esta técnica novamente ganhou grande impulso. Porquê a incidência de cefaléia diminuiu tanto com este novo material ??? A resposta é simples: agulhas melhores fazem "furinhos" menores nas meninges, ocasionando menor escape de líquor e menor probablidade de cefaléia. A simplicidade de realização, o excelente controle do nível de anestesia que proporciona, a excelente qualidade do bloqueio sensitivo e motor, o baixo custo e a segurança do procedimento explicam por que esta é uma das técnicas anestésicas prediletas do anestesiologista brasileiro.