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sábado, 12 de março de 2011

O sono dos nossos pequenos... (Distúrbios do sono)

Minha experiência de mãe no assunto "sono" da minha filha, não é muito prazeroso... Mas imagino que não seja só o meu caso...

Nós mamães geralmente temos que nos acostumar com essa parte "ruim" das maternidade...
Comigo foi problematico já que a Laís só dormiu razoavelmente bem até os 3 meses. Sendo que ela não dormia durante o dia (sério...Ela cochilava uns 5 minutinhos e acordava.. Ficava algumas horas acordada e aí dormia mais 5 minutinhos... E assim ia o dia inteiro). A noite ela fazia os horários das mamadas e era um reloginho... Ela adormecia entre 19:30hs , acordava umas 22hs e assim ia... de 3 em 3 horas... as 6, 6;30hs já estava de olhinhos arregalados de novo...
Quando ela tinha cerca de 6 meses a coisa desandou... Eu já tinha terminado a licença maternidade,trabalhava a noite e ela ficava com a avó... Como eu disse, ela nunca foi de dormir muito de dia, porém os cochilos eram maiores. Mas, aí ela começou com um "distúrbio do sono" que segundo a pediatra, pode ocorrer nessa idade. Foi terrível... Pra mim, que estava trabalhando e sabia que ela não estava dormindo e que com certeza estava precisando de mim. Pra minha mãe que ficava rondando a casa as 3hs da manhã com ela no colo, muitas vezes chorando. E, logicamente para a Laís, que tão pequenina já sofria com insônia...
Foi muito duro pra nós. Ficávamos todos cansados. Laís estava muito irritadiça e também desenvolveu uma anorexia seletiva (ou seja ela se recusava a comer a maioria dos alimentos que lhe era oferecido).
Graças a Deus eu tinha muito leite pra oferecer pra minha filha. Então a parte da alimentação, eu mais ou menos conseguia suprir com a amamentação. Para o problema do distúrbio do sono dela me foi indicado um remédio fitoterapico, chazinho de cidreira, melissa ( que ela se recusava a tomar... cuspia tudo), que eu naõ consegui administrar e, enfim, como o meu horário de serviço era a noite, justo a hora que ela estava com problemas, a possibilidade de abandonar o emprego, já que minha filha era muito bebê e estava precisando de mim. Então... Saí do emprego para cuidar da saúde dela.
Bom... Comigo em casa, as coisas foram melhorando.
Eu tinha mais tempo pra brincar com ela durante o dia, já que não precisava descansar pra ralar a noite... Colocava ela pra pegar aquele solzinho da manhã que é excelente para os bebês. Tinha mais tempo para me alimentar melhor. Não bebendo refrigerante ou coisa que poderiam passar pro leite... Sei lá eu tinha essa preocupação. Também montei uma rotina pra ela. que agente segue até hoje, que é de brincar até uma certa hora antes de dormir, aí diminui o rítimo, comer , depois banho, ir pro quarto colocar a roupinha de dormir, "mamar e mimi."..
No meu caso, como ela não dormia quase nada, tive uma evoluçaõ muito boa.
Hoje a Laís está com 2 anos e 3 meses. Isso que dizer, que estou há 2 anos engajada em fazê-la dormir bem. Mas ela nesse sentido é complicada. Porque tem um tipo de sono que posso até comparar com o meu. Aliás acho que ela puxou isso de mim ( nem sei se pode se dizer isso, já que ela ainda é tão pequena) mas tenho o sono leve, acordo com qualquer barulho e não gosto de dormir com claridade... Minha filha também é assim e não gosto que digam que eu que acostumei ela mal. O fato é que esse é o melhor modo de dormir pra ela.  Não tem outro jeito.  Ela pode estar super cansada . Se diver muito barulho, não conseguirá dormir bem.
Há uma coisa nisso que eu hoje me arrependo de ter colocado na rotina dela e de não ter substituído bem rápido que é o hábito de deixar no peito até dormir. Ela não pegou mamadeira nem chupeta, alias em relação a chupeta, eu que não dei, porque acho feio criança de chupeta e sei que é algo que muitas vezes é ruim de tirar. Deixo claro que é uma opinião minha, nada contra quem dá chupeta pra criança.
O fato é que a Laís associou o peito, ou seja o mamar, a dormir. e por isso ela só dorme no peito. pra mim é prático e pra ela deve ser muito bom... Mas aconselho a mãe nenhuma acostumar seu bebê assim, pois prende muito agente, a criança não dorme bem pois pode acordar diversas vezes de madrugada querendo mamar, e só volta a dormir se pegar no peito... já que ela não sabe dormir de outra forma, e enfim, atrapalha muito o desmame, já que na hora de fazê-lo, essa parte, fica complicadíssima, por causa da associação da criança ao ato de dormir. Então acho que posso considerar essa atitude que eu e outras mamães acabam cometendo, como um erro na criação de nossos pequenos.
Tem jeito para concertar, mas é difícil, demanda tempo paciência e muito, muito amor...
Meu concelho em compartilhar minha experiência no sono da minha filha, me encoraja a alertar as futuras mães a ler , se enformarem bastante no que pode ser feito para ensinar seu filhos a dormirem sozinhos desde bebês. Mas pelo amor de Deus, nada de deixar a criança chorando no escuro, até ela se cansar e dormir. acho isso uma barbaridade.
Gente, cada criança é única. Se eu tenho uma dificuldade com minha filha, não quer dizer que outra mãe tenha também. Por isso acho importante que mesmo com a loucura dos tempos de hoje, que nós mães, conheçamos nossos filhos. Seja o que for é conosco que eles irão aprender.

Sugiro que leiam:
http://solucoes.multiply.com/journal/item/7
http://solucoes.multiply.com/journal/item/12
http://solucoes.multiply.com/journal/item/33
http://solucoes.multiply.com/journal/item/12
http://solucoes.multiply.com/journal/item/55
http://solucoes.multiply.com/journal/item/48

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Os efeitos da Raquianestesia no parto da Laís (Relato do Parto- Novembro de 2008)

No dia 13 de Novembro de 2008, nasceu a minha pequena Laís. Do dia do parto ficou a lembrança da primeira vez que vi aquele rostinho.. das bochechas rosadinhas!... E o terrível pós operatório de uma cesária. Minha filha veio ao mundo com pós datismo, de 41 semanas e 2 dias, depois de uma indução de parto de 6 horas com ocitocina, sem evolução. Ao nascer teve que ser aspirada e teve uma nota (apgar) 3, nos primeiro minutos de vida. Ou seja, entrou em sofrimento fetal, por ter respirado liquido aminiótico. Mas, graças a Deus, logo veio para meus braços, um pouco sufocadinha, mas bem. Eu, logo após a cirurgia, fiquei prostrada, de tanta dor de cabeça que sentia. Parecia que aquela porcaria da tal anestesia "raqui" tinhas subido para meu cérebro!. Passei muito mal. Na mesa,enquanto o médico fazia o parto, eu debatia meus braços incontrolavelmente, além de sentir um pouco de falta de ar. E fiquei tremendo até a anestesia passar, tremia igual vara verde! Eu fiquei tão mal que não consegui amamentar a Laís no primeiro dia.Eu sei que apaguei. E só me lembro de sentir muita dor. No segundo dia de internação eu e minha bebê fomos examinadas. Parecia estar todo bem, embora eu ainda sentisse dor de cabeça, tivemos alta. Já em casa, de noite ao dormi,senti algo queimando na minhas costas e subindo até o pescoço, não dei importância e peguei no sono. Foi aí que começaram uma série de pesadelos e vertigens assombrosos. Eu via pessoas de minha família como se fossem minhocas,outra hora rodava numa corda e era atirada contra paredes num lugar estranho cheio de montanhas. Via seres bisarros que me faziam previsões sinistras (como dizer que eu não poderia ficar com minha bebê). E quando tentava acordar via como se o teto estivesse descendo sobre mim. e via insetos voando pelo quarto. Enfim... Chorava muito e confeço que fiquei com medo de ter problemas por causa do efeitos colaterais da Raqui em meu organismo. Fiquei com medo de ficar louca. Ouvia choro de bebê toda vez que ia tomar banho, e ficava apavorada. Perguntava ao meu marido se a Laís estava chorando e não havia choro algum, era todo coisa da minha mente. E aquela dor de cabeça infernal que nenhum remédio passava... Orava muito e pedia a Deus que não acontecesse nada de ruim comigo, e em 3 dias fui melhorando. Os pesadelos acabaram. E a Dor já não era tanta. Não bastasse isso também tive problemas para amamentar minha filha, eu não sabia como fazer direito, agente não se entendia e ela chorava de fome tadinha... E o meu leite empedrava a toa. E com isso vinha a febre. Foi um sufoco meus primeiros dias como mãe... Mas é um sentimento, um instinto tão forte, que nenhum desses problemas que tive me afastaram da minha filha. Eu com febre, com dor, tendo alucinações e mesmo assim o amor era tão forte que não deixava a mente ser mais forte que eu. E assim os dias foram passando e tudo foi se ajeitando. Apesar de tudo de ruim que passei, a alegria de ser mãe, de saber que aquele pedacinho de gente saiu de dentro de mim, de saber que a minha filha naquele momento olhava para mim e parecia me dizer; mamãe, nesse momento eu só preciso de seu carinho e de seu cuidado!... Isso e somente isso me importavam. Agora eu sou mãe!!!!













SOBRE A ANESTESIA USADA NO MEU PARTO: A RAQUIANESTESIA Denomina-se raquianestesia ( bloqueio subaracnóideo ) a anestesia que resulta da deposição de um anestésico local dentro do espaço subaracnoídeo. Ocorre bloqueio nervoso reversível das raízes anteriores e posteriores, dos gânglios das raízes posteriores e de partes da medula, advindo perda da atividade autônoma, sensitiva e motora. São indicadas para cirurgias de abdômen e extremidades inferiores, inclusive para cirurgias obstétricas ( parto vaginal e cesariana ). Como a medicação é depositada dentro do Líquor, é necessária apenas uma pequena quantidade de anestésico local para produzir anestesia altamente eficiente. Trata-se de uma importante vantagem da raquianestesia sobre a peridural, pois trabalha-se com um risco de intoxicação por anestésicos locais muito próximo de zero. A desvantagem mais conhecida da raquianestesia é a cefaléia pós-punção (nome técnico para a dor de cabeça que pode aparecer quando perfuramos a dura-máter). A explicação mais aceita para esta condição é relacionada com o "furinho" que fica por alguns dias na dura máter e provocaria perda de líquor do espaço subaracnoídeo, causando a dor de cabeça. Com a introdução de agulhas mais finas, descartáveis e menos traumáticas, esta técnica novamente ganhou grande impulso. Porquê a incidência de cefaléia diminuiu tanto com este novo material ??? A resposta é simples: agulhas melhores fazem "furinhos" menores nas meninges, ocasionando menor escape de líquor e menor probablidade de cefaléia. A simplicidade de realização, o excelente controle do nível de anestesia que proporciona, a excelente qualidade do bloqueio sensitivo e motor, o baixo custo e a segurança do procedimento explicam por que esta é uma das técnicas anestésicas prediletas do anestesiologista brasileiro.